Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo (PEVRES)
Horário de Atendimento:
Quarta a segunda-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Terça-feira fechado para limpeza e manutenção.
Chefe da Unidade:
João do Carmo
Contato:
E-mails: p.estadualvilarica@iat.pr.gov.br ou joaobc@iat.pr.gov.br
Telefone: (44) 3272-1352 (Agendamento de excursões)
Como chegar:
O acesso rodoviário a partir de Curitiba (412 km de distância) pode ser feito através da BR-376, que liga Curitiba ao norte do Estado, pela PR-445 a partir de Mauá da Serra e pela PR-082, rodovia pavimentada que liga Cianorte a Jardim Alegre. A PR-082 dá acesso direto à cidade de Fênix, município onde o PEVR está localizado e do qual dista apenas 2 km por via municipal asfaltada. Este percurso pode ser feito em aproximadamente 5 horas de viagem.
Localização: Município de Fênix
Mapa
O Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo tem esse nome por conter em seus limites as ruínas da segunda fundação da cidade colonial espanhola de Villa Rica del Espiritu Santu, que existiu naquele local entre os anos de 1589 e 1632. Foi a terceira comunidade fundada por espanhóis na Província del Guairá, no século XVI, e recebeu este nome por se acreditar na época que existissem minas de ouro na área da primeira fundação.
Assim, o PEVRES possui um valor histórico e arqueológico inestimável, devido estarem ali localizadas as ruínas de Villa Rica del Espiritu Santu, uma das 16 comunidades jesuíticas espanholas fundadas nos séculos XVI e XVII.
A Reserva Florestal Estadual de Vila Rica do Espírito Santo foi transformada em Parque pelo Decreto Estadual no 6.125 de 16 de fevereiro de 1983, sendo denominada atualmente Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo "Rubens Augusto de Andrade". Este anexo ao nome é uma homenagem ao guarda-florestal do Parque, que morreu em 1980, defendendo o local de caçadores, e que desde 1960 trabalhava na área.
A área do Parque situa-se na porção centro norte do Terceiro Planalto Paranaense (Planalto do Trapp) mais precisamente, na subdivisão, denominada por MAACK (1968) de Planalto de Campo Mourão. A drenagem do PEVRES faz parte de um sistema hidrográfico composto por bacias que têm suas nascentes na costa da Serra da Boa Esperança e suas desembocaduras no vale do Rio Paraná.
Inaugurado em novembro de 1990 com cerca de 353,86 hectares, possui várias cerâmicas e artefatos retirados do sítio arqueológico existente no local, relatos de pesquisas realizadas, amostras da vegetação local, antigas ossadas e uma grande maquete de como era a antiga cidade.
Outra atração são o lago no qual ocorrem jacarés; o quiosque; os pontos de parada com bancos, água e banheiros para visitantes e por fim as trilhas. a
Apesar de não ser permitida a visitação às ruínas da antiga cidade jesuítica, as trilhas em meio a mata nativa, com duração de cerca de uma hora, promovem o encontro do visitante com um dos últimos resquícios de floresta tropical da região. Perobas, figueiras, canelas e palmitos são encontrados em abundância no local.
Nos estudos realizados por MIKICH et al. (1999) e MIKICH & SILVA (2001), foi constatado que o PEVRES é uma área bem estudada no que se refere à vegetação. Esta UC, recoberta pela Floresta Estacional Semidecidual Submontana e Aluvial, apresenta seis tipologias distintas: vegetação secundária em estádio inicial arbóreo, vegetação secundária em estádio intermediário, vegetação secundária em estádio intermediário mais espécies cultivas, vegetação secundária em estádio avançado, formação pioneira arbórea de influência fluvial e formação pioneira arbórea de influência fluvial. Peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron), o pau-d´alho (Gallesia integrifolia), as figueiras (Ficus insipida e F. guaranitica), a cajarana (Cabralea canjerana), as canelas (Ocotea diospyrifolia e O. puberula) figuram como espécies emergentes, com copas com cerca de 20 m de altura.
No estrato arbóreo superior (dossel), além das espécies emergentes, ainda são frequentes a baga-de-morcego (Guarea kunthiana), a cajarana (Cabralea canjerana), 155 canelas (Ocotea spp. e Nectandra spp.) e fabáceas (Lonchocarpus spp. e Machaerium spp.), os tapiás (Alchornea spp.) e o palmiteiro (Euterpe edulis), além de outras espécies. No estrato arbóreo inferior (sub-bosque), as espécies dominantes são o chincho (Sorocea bonplandii), a laranjeira-do-mato (Citrus sinensis) e os catiguás (Trichilia spp.), enquanto no estrato arbustivo-herbáceo há o predomínio de samambaias (Dryopteridaceae, Thelypteridaceae e Pteridaceae), além de gramíneas (Poaceae), caetês (Maranthaceae), pau-de-junta (Piperaceae) e trapoerabas (Commelinaceae).
A fauna que ocorre no Parque do filo Arthropoda compreende 301 morfoespécies distribuídas em 13 ordens e 82 famílias. As ordens Lepidoptera, Coleoptera, Hymenoptera, Diptera e Hemiptera foram as mais representativas em relação à morfoespécies. As amostragens realizadas nos ambientes lóticos e lênticos da bacia do rio Ivaí na área de estudo (PEVRES) resultaram em 90 espécies de peixes, distribuídas em seis ordens e 24 famílias, sendo Characidae (21 espécies), Anostomidae (12 espécies), Pimelodidae (11 espécies), Loricariidae (7 espécies) e Cichlidae (5 espécies).
No total, 66 espécies de répteis foram registradas para as regiões do médio e baixo rio Ivaí, o que corresponde a 45,5% do total de espécies listadas para todo o Estado do Paraná (tendo-se como base o estudo de MOURA-LEITE et al., em prep.). Essas espécies subdividem-se em duas espécies de Testudines (cágados), 11 de lagartos, seis de Amphisbaenia, 46 de serpentes e uma de Crocodylia.
Recomendações
- Repelente, protetor solar e roupas confortáveis são essenciais;
- Use calçados sempre fechados e confortáveis;
- Comida e água são importantes (mas lembre-se de trazer todos os resíduos de volta, incluindo os resíduos orgânicos, a exemplo de cascas e sementes de frutas);
- Contribua com a conservação do Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo andando somente pelas trilhas sinalizadas e locais de descanso permitidos;
- Procure andar sempre em grupos pequenos;
- Procure andar em silêncio, contemple a natureza, tire apenas fotografias;
Atividades proibidas:
- Ingresso de animais domésticos;
- Fumar;
- O consumo de bebidas alcoólicas;
- Acampar
- O uso de equipamentos que causem distúrbios sonoros na área;
- Qualquer tipo de comércio ambulante na área do Parque;
- Andar de carro ou moto fora do estacionamento;
- O abandono de lixo, detritos de qualquer natureza ou outros materiais que maculem a integridade paisagística sanitária ou cênica da área;
- Sair fora das trilhas previamente demarcadas e sinalizadas;
- A prática de atos que possam provocar incêndios na área (fogueiras e churrascos);
- Porte de facas, facões, foices, assim como de quaisquer outras ferramentas manuais de corte, armas de fogo, motosserras e equipamentos que causem distúrbios sonoros na área;
- Coletar, depredar, entalhar e desgalhar as espécies arbóreas mantidas nas diversas áreas do Parque;
- Caçar, pescar, coletar e apanhar peças do meio físico e de espécimes da flora e da fauna em todas as zonas de manejo, ressalvadas aquelas com finalidades científicas, desde que autorizadas pelo IAT - Diretoria do Patrimônio Natural (DIPAN);
- A entrada de pessoas, veículos e equipamentos dentro do Parque não autorizados pelo IAT;
- Alimentar e assustar os animais.
Para sua segurança:
- Cadastre-se. O cadastro é sua garantia de socorro numa emergência;
- Evite tanto caminhar sozinho, como em grupos muito grandes;
- A visita ao Parque é realizada por trilhas. Evite danos ao meio ambiente não saindo das trilhas indicadas;
- Em caso de acidente, procure avisar a administração do Parque o mais rápido possível;
- Obedeça a sinalização e a orientação dos funcionários e voluntários.
O cadastro deve ser preenchido na chegada à Unidade de Conservação, para segurança do visitante e para a gerência do Parque elaborar estatísticas de atividades, acesso, procedência, faixa etária, etc.