Parque Estadual de Ibicatu (PEI)

Horário de Atendimento:
Parque aberto à visitação de terça a domingo, das 8h às 18h.

Gerente:
Jorge Balbino Júnior

Contato:
E-mails: pfibicatu@iat.pr.gov.br
Telefone: (43) 3623-4201

Como chegar:
Através da Rodovia PR-450 que liga as cidades de Porecatu e Centenário do Sul, com acesso pela estrada municipal da Vila Progresso. Existe linha de ônibus da Viação Ouro Branco até a Vila Progresso a cerca de 2 km do Parque.

Localização: Município de Centenário do Sul
Mapa

 

O Parque Estadual Ibicatu foi criado através do Decreto nº 4.835 de 15 de fevereiro de 1982, às margens do Ribeirão Tenente e do Córrego Palmital, e protege uma área de rico patrimônio natural dos municípios de Centenário do Sul e Porecatu no Estado do Paraná.

Tem como objetivo principal preservar parcela da floresta que ocorria na região, habitat natural da fauna e flora típicas da Floresta Estacional Semidecidual, porém, com características de transição apresentando interessantes vestígios de vegetação pretérita de ocorrência em climas mais secos, contendo espécies raríssimas em solo roxo, o que suscita estudos mais profundos. Esta Unidade de Conservação contribui para preservação da biodiversidade natural, visando à proteção da fauna e da flora nativa especialmente em perigo de extinção ou ameaçada na região, conservando os recursos genéticos e também propiciando a recuperação natural de vegetação nativa, onde em outras épocas ocorreu uma exploração seletiva com retirada de exemplares das espécies da madeira nobre, inclusive recuperando algumas áreas antes convertidas para uso agrícola.

Atualmente com 302,74 hectares, após ampliação através do Decreto nº 5181 de 30 de julho de 2009, quando houve o acréscimo de 245,73 hectares à área original de 57,01 hectares, o Parque que integra o patrimônio natural do Estado do Paraná, também possibilita atividades de recreio e educação ambiental, bem como permite atividades de pesquisa científica, especialmente de caráter biológico ou ecológico. 

Entre os atrativos do Parque, destaca-se a visitação orientada além de banhos de rio e piqueniques.

Origem do nome e do Parque:

O Parque foi criado através de um acordo com o proprietário da Fazenda Jangadinha, quando a área de floresta que era parte da reserva legal desta e a porção mais preservada, foi permutada por área equivalente já explorada, considerada terra devoluta.

Seu nome foi escolhido através de concurso realizado entre estudantes das escolas da região e era o nome da fazenda mais antiga da região, a qual se denominava Ibicatu.

Mais recentemente, após estudos técnicos se buscou ampliar a área do Parque para proteger melhor os recursos naturais do entorno e propiciar condições mais adequadas de sobrevivência de espécies da flora e fauna nativas, utilizando princípios de ecologia da paisagem. Assim foram incluídas áreas com potencial de preservação e reforçados os Corredores de Biodiversidade do entorno, visando a manutenção de processos ecológicos.

Os visitantes do Parque podem caminhar por trilhas interpretativas, contemplar a paisagem, banhar-se na área permitida no Ribeirão Tenente, realizar piqueniques, observar as espécies de fauna e flora e desenvolver pesquisas científicas, com a devida autorização do IAT.

Área de uso público: Ao chegar no Parque, o visitante passará pela recepção, onde será feito seu cadastro, visando sua segurança durante a visitação da área, e onde lhe serão repassadas informações gerais sobre o Parque. Ali há local para estacionamento, materiais educativos e informativos sobre o Parque, sanitários e água potável.

Ao descer, o visitante chega a um local arborizado à margem do Ribeirão Tenente onde encontrará local para descanso e relaxamento, sendo permitidos piqueniques, com uma estrutura com mesas e bancos.

Trilha interpretativa maior: 2.600 metros – trecho de estrada desde a porteira de entrada até a recepção que passa por dentro da floresta protegida e onde pode-se contemplar a vegetação nativa.

Trilha interpretativa menor: 600 metros (ida e volta) – segue margeando o Ribeirão Tenente até um ponto do rio, onde ocorre uma pequena cachoeira, cruzando pequeno riacho.

Entre as espécies florestais destacam-se o jequitibá (Cariniana legalis), peroba (Aspidosperma polyneuron), canafístula (Peltophorum dubium), guaritá (Kleinodendron sp), jaracatiá (Jaracatia spinosa), figueira (Ficus sp), predominando o pau-d'alho (Gallesia gorarema) que é a espécie mais expressiva em frequência, dominância e abundância. Existem também florestas secundárias em estágio médio a avançado de regeneração (1,55%) ocupando parte dos barrancos declivosos do Ribeirão Tenente (influência aluvial) e a divisa leste do parque.

A formação vegetacional de ocorrência no Parque é a Floresta Estacional Semidecidual Submontana, da qual apenas 3,2% estão protegidos por Unidades de Conservação de Proteção Integral no Estado do Paraná.

A cobertura vegetal primitiva da região era composta por Floresta Estacional Semidecidual (florestas tropicais). Esta região fitogeográfica desenvolve-se sobre topografia suave-ondulada e solos férteis (latossolo vermelho-escuro), altitude média de 400 m de altitude e onde a precipitação média está em torno de 1.400 mm, com dois a três meses de estação seca, podendo apresentar até 50% das espécies arbóreas dominantes deciduais (perdem as folhas) no período desfavorável. Esta floresta sofreu intensamente com o desmatamento para expansão da fronteira agrícola devido a sua localização sobre muitos solos férteis, restando atualmente 8,2 % da floresta original.

A cobertura florestal de mata nativa do município de Centenário do Sul está em torno de 3,7% e de Porecatu está em torno de 4,85% (IPARDES, 1993). 

A fauna que ocorre na região do Parque é caracterizada por espécies de pequeno porte, com mamíferos como o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), cutia (Dasyprocta azarae), quati (Nasua nasua) e gambá (Didelphis marsupialis), além de paca (Agouti paca), lagarto teiú (Tupinambis sp) e jaguatirica (Felis pardalis). Entre as aves da região podemos encontrar a gralha-picaça (Gonocorax chrysops), maritaca (Pionus maximiliani), jacu-açu (Penelope obscura), anu-preto (Crotophaga ani) e alma-de-gato (Piaya cayana). São cerca de 30 espécies para a avifauna, 10 espécies para mamíferos, 7 espécies para a ictiofauna e 17 ordens de insetos, entre outros.

Devido ao grande desmatamento da região sobraram reduzidas áreas de refúgio aos animais e muitas espécies foram levadas à extinção local, principalmente os animais de grande porte, mais suscetíveis à caça, e sem área suficiente para sua sobrevivência.

Recomendações

  • Repelente, protetor solar e roupas confortáveis são essenciais;
  • Use calçados sempre fechados e confortáveis;
  • Comida e água são importantes (mas lembre-se de trazer todos os resíduos de volta, incluindo os resíduos orgânicos, a exemplo de cascas e sementes de frutas);
  • Contribua com a conservação do Parque Estadual de Ibicatu andando somente pelas trilhas sinalizadas e locais de descanso permitidos;
  • Procure andar sempre em grupos pequenos;
  • Procure andar em silêncio, contemple a natureza, tire apenas fotografias;

Atividades proibidas:

  • Ingresso de animais domésticos;
  • Fumar;
  • O consumo de bebidas alcoólicas;
  • Acampar
  • O uso de equipamentos que causem distúrbios sonoros na área;
  • Qualquer tipo de comércio ambulante na área do Parque;
  • Andar de carro ou moto fora do estacionamento;
  • O abandono de lixo, detritos de qualquer natureza ou outros materiais que maculem a integridade paisagística sanitária ou cênica da área;
  • Sair fora das trilhas previamente demarcadas e sinalizadas;
  • A prática de atos que possam provocar incêndios na área (fogueiras e churrascos);
  • Porte de facas, facões, foices, assim como de quaisquer outras ferramentas manuais de corte, armas de fogo, motosserras e equipamentos que causem distúrbios sonoros na área;
  • Coletar, depredar, entalhar e desgalhar as espécies arbóreas mantidas nas diversas áreas do Parque;
  • Caçar, pescar, coletar e apanhar peças do meio físico e de espécimes da flora e da fauna em todas as zonas de manejo, ressalvadas aquelas com finalidades científicas, desde que autorizadas pelo IAT - Diretoria do Patrimônio Natural (DIPAN);
  • A entrada de pessoas, veículos e equipamentos dentro do Parque não autorizados pelo IAT;
  • Alimentar e assustar os animais.

Para sua segurança:

  • Cadastre-se. O cadastro é sua garantia de socorro numa emergência;
  • Evite tanto caminhar sozinho, como em grupos muito grandes;
  • A visita ao Parque é realizada por trilhas. Evite danos ao meio ambiente não saindo das trilhas indicadas;
  • Em caso de acidente, procure avisar a administração do Parque o mais rápido possível;
  • Obedeça a sinalização e a orientação dos funcionários e voluntários.

O cadastro deve ser preenchido na chegada à Unidade de Conservação, para segurança do visitante e para a gerência do Parque elaborar estatísticas de atividades, acesso, procedência, faixa etária, etc.