Projeto-piloto está instalado em Roncador e envolve Nova Cantu, Mato Rico e Iretama. Além de tecnologia que decompõe os resíduos, há também ação junto à comunidade. Em junho, cerca de 400 estudantes participaram de palestras sobre uso de lixeiras para separar os resíduos.

O Projeto Lixo 5.0, lançado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, busca incentivar e fomentar projetos, pesquisas e inovações tecnológicas sustentáveis na gestão de resíduos sólidos no Paraná – visando tratamento e aproveitamento energético. Mas não é só isso.

O projeto-piloto instalado em Roncador, na região central do Paraná, envolve, além de uma tecnologia inovadora, também ações de educação ambiental junto à comunidade.

“O intuito é implementar formas de destinação de resíduos mais sustentáveis e menos impactantes para o meio ambiente”, destaca o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza.

O projeto-piloto do Lixo 5.0 é executado em uma usina de termomagnetização em Roncador e envolve também as cidades de Nova Cantu, Mato Rico e Iretama, na mesma região. Os quatro municípios utilizam de uma tecnologia inovadora para o tratamento do lixo, que busca a redução em até 97% o volume, antes destinado integralmente para aterros sanitários.

Além disso, em junho, mais de 400 alunos do ensino fundamental e ensino médio da cidade de Roncador participaram de palestras para saber a importância de separar os resíduos orgânicos dos recicláveis. Dentro do projeto-piloto do Lixo 5.0, Roncador recebeu, também, a coleta mecanizada, em que o próprio caminhão com tecnologia apropriada, recolhe os resíduos de uma lixeira fechada, o que evita a emissão de poluentes na atmosfera.

Essa coleta mecanizada precisa que o resíduo seja levado pela população às lixeiras de forma correta, com separação. A ação junto aos estudantes fez parte das iniciativas para incentivar o descarte correto.

“De maneira global, as ações de educação ambiental buscam estimular a separação dos resíduos recicláveis, o que, além de beneficiar o meio ambiente, favorece o trabalho dos associados a cooperativas de catadores de resíduos. Também ajuda no processo de tratamento do resíduo sólido na usina de termomagnetização”, explica o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto.

PARCERIAS – A busca por novas formas de reaproveitamento econômico e energético dos resíduos, visando o desenvolvimento sustentável local, está pautada na Lei 12.305/2010 que estipula a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esta busca também é baseada no Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Paraná (PERS/PR).

A implantação da tecnologia e a promoção de educação ambiental junto a estudantes são frutos de parcerias com o Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR) e a Contemar Ambiental, além da prefeitura de Roncador. De acordo com Rafael Andreguetto, a  educação ambiental abrange, ainda, divulgação sobre a importância da destinação adequada de resíduos sólidos nas mídias sociais e veículos de imprensa, além da produção de materiais informativos.

USINA – A usina de termomagnetização decompõe os resíduos, transformando-os em gases e cinzas. Os gases são tratados para remoção dos poluentes, enquanto as cinzas podem ser utilizadas para outros fins, como construção civil. São tratados na usina em Roncador apenas rejeitos da cooperativa de catadores de materiais recicláveis (são materiais que não possuem valor econômico para os cooperados e que costumam ser descartados em aterros) e o rejeito da população (matéria orgânica e lixo não reciclável).

A Ecodust é a detentora da tecnologia para o tratamento termomagnético de resíduos. É a empresa que instalou a usina em Roncador, dentro do contexto do Lixo 5.0.

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