Instituto Água e Terra monitora danos ambientais causado por vazamento de gasolina em São José dos Pinhais 16/05/2020 - 12:00

O vazamento foi provocado após perfuração criminosa de oleoduto da Transpetro. A substância atingiu um córrego afluente do Rio Despique, na qual abastece a cidade de Fazenda Rio Grande. Demais danos estão sendo levantados e medidas necessárias estão sendo tomadas.

 

Técnicos do Instituto Água e Terra foram acionados nessa sexta-feira (15), para avaliar os danos ambientais causados por vazamento de combustível, na região de São José dos Pinhais. Um oleoduto da Transpetro, empresa ligada à Petrobrás, foi perfurado. A denúncia foi realizada por um morador próximo do local que estava sentindo forte cheiro de gasolina e acionou as instituições de atendimento.

A suspeita é que houve uma tentativa de roubo de combustível. “Foi uma ação criminosa que acaba ocasionando um acidente com muitos danos”, diz o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, que acompanhou de perto a situação nesse sábado (16). “Cabe a nós do órgão fazer um acompanhamento para reparar esses danos”.

ABASTECIMENTO - Essa perfuração causou vazamento significativo e atingiu um córrego afluente do Rio Despique, na qual serve de captação de água, por parte da Sanepar, para abastecimento da cidade de Fazendo Rio Grande.

“Assim que fomos informados pelo IAT, interrompemos imediatamente a captação do rio. Iremos fazer o monitoramento contínuo para termos segurança para entregar a água à população”, ressalta o diretor de meio ambiente da Sanepar, Júlio César Gonchorosky.

Os seguintes bairros foram afetados pelo abastecimento: Parque Industrial, Jardim Itália, Eucaliptos, Hortência, dos Estados, Gralha Azul, Jardim Veneza, Colonial, Nações, Santarém, Palmeiras, Sol-Levante, Santa Helena, Santa Maria, Santa Terezinha, São Sebastião, Iguaçu. A Sanepar não tem previsão para normalização do abastecimento.

DANOS AMBIENTAIS - Os técnicos ainda estão avaliando a dimensão dos danos, a mortandade de peixes e até de aves, bem como a quantidade vazada.

“É uma atitude irresponsável em plena crise hídrica que acaba prejudicando a população, a fauna e flora”, lembra Nunes.

Propriedades locais que possuem tanques para exploração da piscicultura foram altamente prejudicadas.

A Defesa Civil local também acompanhou a situação. “Já foram tomadas medidas de contenção do vazamento e troca da tubulação, assim como de contenção do produto vazado no córrego. Foram utilizados drones para identificação da extensão dos danos”, explica o Tenente Marcos Vidal, da Defesa Civil.

O IAT realizou coleta de água para analisar o grau de contaminação e ajudar nas medidas de recuperação das áreas atingidas.

Ainda não foram identificados os suspeitos. O órgão está agindo para que os danos sejam amenizados e demais medidas cabíveis estão sendo tomadas em conjunto com a Transpetro, Sanepar, Defesa Civil, Polícia Ambiental, Ibama e Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Pinhais.

COMISSÃO – O Estado conta com uma comissão voltada a discutir procedimentos de identificação e atendimento a ocorrências com produtos perigosos. A Comissão Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências com Produtos Perigosos (CEP2R2/PR), realiza reuniões periódicas para discutir os procedimentos a serem adotados nesses casos, visando proteger as pessoas e o meio ambiente.

 

Saiba mais sobre o trabalho da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo em:
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