Parque Estadual da Serra da Baitaca (PESB)
Localização:
Piraquara e Quatro Barras
Horário de Atendimento:
Todos os dias, portaria 24h
Chefe da Unidade:
Marina Gomes Rampim
Contato:
Telefone Base IAT (Quatro Barras): (41) 3554-1531
Telefone fixo: (41) 3213-3422
WhatsApp: (41) 9 9554 - 0414
E-mail: peserradabaitaca@iat.pr.gov.br
Aviso aos visitantes: O Caminho do Itupava foi interditado para a prática de atividades de turismo e aventura no início de 2021 por oferecer riscos de acidentes devido a danos causados por fortes chuvas. Foi reaberto por meio da Portaria IAT n° 127/2022 que determinou que o visitante deve assinar o , o qual deverá ser entregue na portaria oficial do Parque Estadual da Serra da Baitaca.
Como chegar:
- O acesso de carro é feito via Quatro Barras. Partindo do trevo do Atuba, siga pela BR-116, sentido São Paulo, até o trevo de Quatro Barras à direita, seguindo as placas que indicam Borda do Campo e Morro do Anhangava. Chegando ao centro da cidade há uma praça (referência Avenida das Pedreiras), siga até o pelo trecho asfaltado até o trailer do IAT a direita. Há funcionários 24 horas para recepção e cadastro de visitantes.
- De ônibus pegue o Curitiba - Quatro Barras no terminal do Guadalupe (centro de Curitiba), desça no terminal de Quatro Barras e pegue o circular até a Borda do Campo, descendo no ponto final.
Localização: Municípios de Piraquara e Quatro Barras
Mapa
O Parque Estadual da Serra da Baitaca foi criado em 2002 por meio do Decreto Estadual n. 5.765. Abrange uma área total de 3.053,21 ha nos municípios de Quatro Barras (83%) e Piraquara (17%), na Região Metropolitana de Curitiba, distante aproximadamente 30 km da capital do Estado.
O Parque tem como objetivos conservar uma amostra do bioma Floresta Ombrófila Densa (FOD), incluídas as formações Floresta Ombrófila Densa Montana (FODM), Floresta Ombrófila Densa Altomontana (FODAM), a fauna, o solo e as águas interiores, e; promover atividades que não provoquem nenhuma alteração no ecossistema, dando sustentabilidade à conservação.
A origem do seu nome foi baseada em sua localização, numa das formações precursoras das elevações montanhosas e no maior conjunto montanhoso que compõem a Serra do Mar, a Serra da Baitaca. Esta teve seu nome originado da palavra tupi-guarani “mbaetaca”, que designa uma espécie de papagaio (Pionus maximilani), comum na região.
A origem desta serra está associada à separação entre os continentes africano e sul americano, sendo a mesma da Serra do Mar. Constituída pelo Granito Anhangava é cortada por diques de diabásico e microgranito, visíveis nas falhas naturais que formam vales por onde correm os rios.
Os principais atrativos do Parque são o Caminho do Itupava, o Morro do Anhangava e o Morro Pão de Loth.
O Caminho do Itupava é um dos caminhos coloniais que interliga as planícies litorâneas ao primeiro planalto paranaense. Provavelmente originado de trilhas indígenas milenares, sua utilização como via de acesso social e comercial contribuiu para o desenvolvimento econômico e para o processo de colonização luso-brasileira desde o século XVII na região. O seu abandono deu-se com a efetivação da Estrada de Ferro Curitiba - Paranaguá (1885). A utilização do Caminho passou por diversas fases, que resultaram em diferentes formas de ocupação do seu entorno (estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços), com mudanças no seu traçado e no próprio calçamento efetuado no século XIX.
O traçado original estendia-se desde o Município de Curitiba, atravessava a região da Serra do Mar e culminava no Município de Morretes. A parcela do Caminho objeto destas Normativas compreende o trecho localizado entre o distrito de Borda do Campo, no Município de Quatro Barras (coordenada geográfica: 25° 24’ 26” e 49° 01’ 39”) e o distrito de Porto de Cima, no Município de Morretes (coordenada geográfica: 25° 26’ 01” e 48° 52’ 26”), totalizando 20.239,92 metros.
Quase a totalidade deste trecho encontra-se na área de Tombamento da Serra do Mar, exceto uma pequena parcela de 1729 metros na localidade denominada Prainhas em Porto de Cima, entre as coordenadas geográficas: 25° 25’ 20” / 48° 53’ 02” e 25º 26’ 01” / 48º 52’ 26”. O Tombamento foi homologado em 25 de julho de 1986 pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, com fundamento na Lei 1.211, de 16 de setembro de 1953, que dispõe sobre o patrimônio histórico, artístico e natural do Estado do Paraná.
O Morro do Anhangava, com seus 1.420m de altitude, é o local mais importante para a escalada em rocha no Estado do Paraná, sendo considerado um "campo escola" por apresentar muitas escaladas de qualidade e ser um importante local para formação e desenvolvimento de escaladores, do seu cume pode-se avistar Curitiba, a represa do Iraí e a Serra do Mar.
A Serra da Baitaca está coberta em sua grande parte pela Floresta Ombrófila Densa em transição para a Floresta Ombrófila Mista. O Parque abriga espécies como o sapinho dourado (Brachycephalus pernis), espécie endêmica, que se encontra no Livro Vermelho da Fauna ameaçada no Paraná e abrigo para o gavião tesoura (Elanoides forticatus), ave migratória que faz ninhos no morro.
Recomendações
- O parque não possui estacionamento, mas existem estacionamentos particulares ao lado.
- Não é cobrada taxa de acesso ao parque.
- O IAT não fornece meio de transporte para retorno à base.
- Repelente, protetor solar e roupas confortáveis são essenciais.
- Use calçados sempre fechados e confortáveis.
- Comida e água são importantes (mas lembre-se de trazer todos os resíduos de volta, incluindo os resíduos orgânicos, a exemplo de cascas e sementes de frutas).
- Contribua com a conservação do Parque Estadual da Serra da Baitaca, andando somente pelas trilhas principais e evitando percorrer trilhas paralelas ou desvios, pois os solos e a vegetação das montanhas são muito frágeis.
- Caminhe preferencialmente sobre as rochas já expostas. Além de ser mais seguro, evita o aumento da erosão nas trilhas.
- Procure andar sempre em grupos pequenos.
- Procure andar em silêncio, contemple a natureza, tire apenas fotografias.
- Ter um bom preparo físico para percorrer as trilhas classificadas como Esforço Físico Moderado ou Superior.
- Não vá para a montanha em dias chuvosos, pois os solos altomontanos quando molhados perdem significativamente a sua resistência ao pisoteio, sendo degradados facilmente.
- Cadastre-se. O cadastro é sua garantia de socorro em uma emergência.
- Use, preferencialmente, calça e camiseta de manga longa para evitar arranhões.
- Certifique-se que está levando água em quantidade suficiente.
- Não é recomendado o consumo de água das fontes naturais do parque, pois esta não é tratada. Se for consumir, utilize algum método de desinfecção.
- Evite andar sozinho.
- Não deixe papel higiênico, absorventes e lenços umedecidos na trilha. Leve consigo e descarte em local adequado.
- Caso precise fazer “xixi”, afaste-se da trilha a uma distância de 5 a 10 metros, em locais afastados de nascentes, córregos e cachoeiras. Além do mau odor, a urina pode gerar contaminação do ambiente e acarretar doenças.
Atividades proibidas:
- Ingresso com animais de estimação. Respeite a vida selvagem.
- Fumar.
- O consumo de bebidas alcoólicas.
- Acampar.
- O uso de equipamentos que causem distúrbios sonoros na área.
- Qualquer tipo de comércio ambulante na área do Parque.
- Andar de carro ou moto fora do estacionamento.
- O abandono de lixo, detritos de qualquer natureza ou outros materiais que maculem a integridade paisagística sanitária ou cênica da área.
- Sair fora das trilhas previamente demarcadas e sinalizadas.
- A prática de atos que possam provocar incêndios na área (fogueiras e churrascos).
- Porte de facas, facões, foices, assim como de quaisquer outras ferramentas manuais de corte, armas de fogo, motosserras e equipamentos que causem distúrbios sonoros na área.
- Coletar, depredar, entalhar e desgalhar as espécies arbóreas mantidas nas diversas áreas do Parque.
- Caçar, pescar, coletar e apanhar peças do meio físico e de espécimes da flora e da fauna em todas as zonas de manejo, ressalvadas aquelas com finalidades científicas, desde que autorizadas pelo IAT - Diretoria do Patrimônio Natural (DIPAN).
- A entrada de pessoas, veículos e equipamentos dentro do Parque não autorizados pelo IAT.
- Alimentar e assustar os animais.
- Proibido uso de drone e similares sem autorização, conforme Portaria IAT n. 86/2023.
Para sua segurança:
- Cadastre-se. O cadastro é sua garantia de socorro numa emergência;
- Evite tanto caminhar sozinho, como em grupos muito grandes;
- A visita ao Parque é realizada por trilhas. Evite danos ao meio ambiente não saindo das trilhas indicadas;
- Em caso de acidente, procure avisar a administração do Parque o mais rápido possível;
- Obedeça a sinalização e a orientação dos funcionários e voluntários.
Informação sobre o Pedrágio:
- Colabore com o pedrágio, iniciativa de grupos voluntários que objetiva a melhoria das trilhas.
- Como ajudar: Leve uma pedra até um dos pontos indicados na trilha. Essas pedras serão utilizadas para restaurar trechos deteriorados.
O cadastro deve ser preenchido na chegada à Unidade de Conservação, para segurança do visitante e para a gerência do Parque elaborar estatísticas de atividades, acesso, procedência, faixa etária, etc.