Após resgate em área urbana de Engenheiro Beltrão, IAT solta onça-parda na mata 24/03/2023 - 16:53

Após uma ação de resgate de três horas e uma bateria de exames, a onça-parda encontrada no alto de uma árvore no perímetro urbano de Engenheiro Beltrão, no Centro-Oeste do Estado, voltou ao seu habitat natural no fim da tarde desta quinta-feira (23). O animal, um macho com 36 quilos, jovem e saudável, foi solto em uma área de proteção ambiental da região – por questões de segurança do felino o local não pode ser divulgado.

A captura mobilizou técnicos do Instituto Água e Terra (IAT), militares do Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde (BPAmb-FV) e um médico veterinário anestesista. Com a área completamente isolada, as equipes precisaram usar dardos tranquilizantes e redes para conter e evitar a fuga do felino.

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Após o resgate, a onça foi encaminhada para a clínica veterinária do Centro Universitário Integrado, uma faculdade de Campo Mourão, também no Centro-Oeste. A bateria de exames e coleta de sangue confirmaram que o animal estava clinicamente saudável, o que permitiu a soltura na mata.

Chefe do escritório regional do IAT de Campo Mourão, Fabiano Viudes explicou que a região em que a onça foi encontrada fica ao lado de uma Área de Proteção Ambiental (APP). Segundo ele, muito provavelmente o animal transitou durante a noite e acabou entrando em um terreno em obras, em fase de loteamento.

“Ao adentrar nessa área, o bicho chegou à última rua do perímetro urbano de Engenheiro Beltrão e se escondeu no alto de uma árvore”, disse. “Vemos a presença de animais silvestres em perímetros urbanos de uma forma bastante natural. Reforça que temos um corredor biológico”.

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FAUNA SILVESTRE – Desde 2019, a fauna silvestre ganhou um novo olhar no Paraná, com a criação dos Centros de Apoio aos Animais Silvestres (CAFS) e pelo Centro de Triagem e Atendimento de Animais Silvestres (CETAS). Em 2022, o Estado regulamentou a responsabilidade para o atendimento de ocorrências envolvendo o tema nos perímetros urbanos e periurbanos, com a Resolução Conjunta Sedest/IAT nº 13/2022.

Os atendimentos devem ser feitos em situações de fauna vitimada, quando ocorrem maus-tratos, tráfico ilegal, cativeiro irregular, atropelamento, entre outros. Nestes casos, são necessários assistência de médico veterinário e com encaminhamento aos CAFS e CETAS. Porém, também existem os registros de resgate e encaminhamento de animais, sem essa necessidade. Os casos mais comuns nessa situação envolvem aves, gambás e cobras, animais encontrados normalmente nas residências urbanas.

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