Com recursos do acordo da Petrobras, Monitora Paraná amplia controle sobre meio ambiente 26/01/2022 - 17:37
O projeto prevê melhorar o monitoramento de previsão e alerta hidrológico, oceanográfico, meteorológico e ambiental em três dimensões: água, ar e território. Investimento é de R$ 61 milhões.
Aquisição e modernização de equipamentos para gerar alertas de futuros eventos adversos naturais, que podem resultar em perdas de vidas humanas, estão entre os projetos ambientais aprovados pelo Conselho de Recuperação de Bens Lesados do Paraná (CRBAL) para utilizarem recursos do acordo com a Petrobras. O Conselho foi criado para debater o investimento de um recurso na ordem de R$ 930 milhões, fruto de um acordo entre Governo do Estado, Ministério Público do Paraná, Ministério Público Federal e Petrobras.
Desse montante, R$ 61 milhões são destinados ao projeto Monitora Paraná, desenvolvido pelo Sistema de Tecnologia Ambiental do Paraná (Simepar). O objetivo é organizar um sistema estadual de monitoramento ambiental em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT).
O projeto prevê melhorar o monitoramento de previsão e alerta hidrológico, oceanográfico, meteorológico e ambiental em três dimensões: água (no sentido da quantidade, qualidade, segurança hídrica, do oceano e da costa); ar (monitorando o tempo, o clima, as mudanças climáticas, desastres naturais e qualidade do ar); e também o território (identificar em tempo real o que está acontecendo no uso e cobertura do solo, matas nativas e incêndios florestais).
“Há muitos anos o Simepar tem projetos para evitar desastres. Mas precisamos avançar. É uma visão diferenciada de futuro, não apenas olhando para o presente e resolvendo problemas pontuais”, destacou o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
De acordo com o diretor-presidente do Simepar, José Eduardo Alvim, o foco do Monitora Paraná será em Unidades de Conservação. “Teremos estações meteorológicas nas Unidades de Conservação o e as hidrológicas estarão presentes nos rios que permeiam essas áreas. A ideia é ampliar o nosso monitoramento e a capacidade de resposta do Estado”, destacou.
O diretor destacou, ainda, que equipamentos mais modernos permitem estudos capazes de prever tanto inundações como estiagens. “Monitorar para conhecer e conhecer para proteger é o lema do projeto", segundo Alvim.
MODERNIZAÇÃO – O Monitora Paraná prevê a compra de 25 estações, sendo 15 hidrológicas e 10 meteorológicas. “Vamos ter estações automatizadas, que enviam dados por satélite e pelo celular, de forma automática, tanto de rios quanto meteorológicas”, disse Alvim. De acordo com ele, é preciso entender que a vida útil dos equipamentos é finita. O Radar Meteorológico existente em Teixeira Soares, por exemplo, possui 22 anos de uso, o que torna a manutenção inviável.
Além disso, os novos radares vão expandir o monitoramento no Litoral e na Região Metropolitana de Curitiba, locais comumente atingidos por desastres de causas naturais. Por fim, para que todo esse trabalho de monitoramento resulte em pesquisas e alertas futuros, serão necessários equipamentos com capacidade de processamento e armazenagem dos dados.
RECURSOS – O Paraná já recebeu uma parte dos recursos – R$ 441 milhões –, depositados no Fundo Estadual do Meio Ambiente (FEMA). O acordo foi firmado como compensação financeira aos danos causados pelo vazamento de cerca de 4 milhões de litros de petróleo de uma válvula do oleoduto que transportava o combustível fóssil do porto de São Francisco, em Santa Catarina, até a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária (RMC).
SIMEPAR – O Simepar possui 24 anos de atuação no Estado do Paraná. Serviço social autônomo vinculado à Sedest, produz, além da previsão do tempo (meteorológicos), ciência e tecnologia com a finalidade de prover informação e evitar danos ambientais futuros.
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Recursos:
O Paraná já recebeu uma parte dos recursos – R$ 441 milhões –, depositados no Fundo Estadual do Meio Ambiente (FEMA). O acordo foi firmado como compensação financeira aos danos causados pelo vazamento de cerca de 4 milhões de litros de petróleo de uma válvula do oleoduto que transportava o combustível fóssil do porto de São Francisco, em Santa Catarina, até a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária (RMC).