IAT resgata burros que estavam sendo criados de forma irregular no parque estadual das lauráceas 05/08/2024 - 13:23

O Instituto Água e Terra (IAT) resgatou na última sexta-feira (2) dois burros (Equus asinus) que estavam sendo criados irregularmente no interior do Parque Estadual das Lauráceas, em Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba. A criação de animais domésticos é proibida dentro da Unidade de Conservação (UC) devido ao risco de alterações no ecossistema local, como a devastação da vegetação nativa, comprometendo a preservação do espaço.

A ação contou com o apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), da Cavalaria da Polícia Militar e do Batalhão da Polícia Ambiental - Força Verde (BPAmb-FV). “Foi um processo bem complicado, porque os animais estavam em uma área de difícil acesso do parque. Por isso, a colaboração com as outras instituições foi muito importante para garantir que os animais pudessem ser resgatados com segurança”, explica a bióloga do IAT e chefe do Parque Estadual das Lauráceas, Marina Rampim.

Após o resgate, técnicos da Adapar realizaram exames veterinários nos burros para verificar se possuem doenças contagiosas. Assim que a saúde deles for confirmada, eles serão encaminhados para a instituição de cuidado de fauna Criadouro Onça-Pintada, em Campina Grande do Sul, onde serão acolhidos permanentemente.

LAURÁCEAS - Criado em 1979, o Parque Estadual das Lauráceas foi estabelecido para proteger remanescentes da biodiversidade da Mata Atlântica. Com uma área de 30.001 hectares, é o maior parque estadual do Paraná. O espaço abriga uma grande variedade de animais, com destaque para 76 espécies diferentes de mamíferos, incluindo espécies raras ou ameaçadas de extinção como a onça-parda (Puma concolor), anta (Tapirus terrestris), lontra (Lontra longicaudis) e várias espécies de veados (Mazama spp.).

Além dos mamíferos, o parque é habitat para 291 espécies de aves, incluindo espécies ameaçadas como a jacutinga (Pipile jacutinga), o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) e o curió (Sporophila angolensis). O parque também possui 750 espécies de plantas, das quais 39 estão ameaçadas de extinção, incluindo a imbuia (Ocotea porosa) e a canela-coqueiro (Ocotea catharinensis), além das lauráceas (Lauraceae) que dão nome ao parque.

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