Uma oficina integrada em prol de um oceano mais saudável ocorreu na sexta-feira (24) em Pontal do Paraná, no Litoral do Estado. O evento reuniu técnicos do Instituto Água e Terra (IAT), do Batalhão de Polícia Ambiental do Paraná - Força Verde (BPAmb-FV) e do Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A partir desse encontro será produzido um manual para a fiscalização e uma cartilha orientativa de apoio aos pescadores e comerciantes do território paranaense, garantindo o trabalho conjunto do Estado e da população na preservação da biodiversidade marinha. 

A oficina reuniu mais de 40 profissionais, profissionais do meio ambiente, pesquisadores, membros do BPAmb e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e deve fomentar uma comunicação mais estreita e ativa entre as instituições governamentais e de educação. Com palestras e conversas, os profissionais levantaram questões como padronização do monitoramento e produção de materiais instrutivos para pescadores da região.

Coordenadora do Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR, a bióloga Camila Domit destacou a importância das parcerias. “Essa integração aproxima, constrói um processo de formação continuada e integrada de gestão participativa entre os órgãos de gestão e a universidade na busca de soluções em prol de um oceano cada vez mais saudável”, disse ela.  

Segundo a bióloga, unir o IAT, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, com a UFPR servirá como via de mão dupla: a autarquia ambiental levará à academia as demandas do Estado, permitindo que a universidade possa orientar pesquisas científicas nos pontos mais específicos da gestão. 

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Para a Capitã da 1ª companhia do BPAmb, Maria Cecília Neumann, a união do batalhão com a UFPR e o IAT engrandece ainda mais o trabalho dos órgãos, garantindo a conservação da fauna na baía paranaense. “Essa integração, somada aos conhecimentos fornecidos pela CEM, nos permite o fortalecimento do trabalho de fiscalização e eleva os padrões dos resultados alcançados”, explicou. 

As regionais do IAT também estão usufruindo dos benefícios dessa colaboração. O chefe do escritório do órgão ambiental no Litoral, Altamir Hacke, demonstrou admiração pela iniciativa. “Com a oficina o Instituto Água e Terra terá ainda mais respaldo científico em suas ações, podendo concentrar demandas e ampliar pesquisas” afirmou. 

Dados os bons resultados, a expectativa é de que uma segunda oficina integrada voltada à vida marinha aconteça ainda em 2025. Os próximos encontros devem abordar temas como saúde pública, saneamento, descarte de efluentes e poluição por resíduos plásticos.