Projeto Arboreto
Arboreto (do latim, arboretum) é uma área na qual se cultiva espécies de árvores, arbustos, plantas herbáceas e medicinais, todas documentadas e identificadas cientificamente. São espaços voltados para a proteção da diversidade arbórea, e possibilita que seus visitantes aprendam sobre os diferentes usos da floresta e como ela interage com o meio ambiente. Assim, os arboretos consistem em verdadeiros locais de aprendizagem ambiental, onde pode ser transmitido o conhecimento técnico sobre espécies florestais.
Pensando nisso, a Gerência de Restauração Ambiental desenvolveu o Projeto Arboreto, que consiste na implementação desses espaços dentro das áreas dos Laboratório de Sementes e Viveiros de Produção de Mudas Florestais do Instituto Água e Terra.
Nos arboretos do Instituto Água e Terra, as espécies florestais – todas nativas da Mata Atlântica - foram distribuídas de forma a simular sua ocorrência na natureza, respeitando a sucessão ecológica. Este é um processo natural de evolução de um ecossistema previamente perturbado (antrópica ou naturalmente) que, de forma gradual, é ocupado e transformado por organismos até sua completa regeneração.
Ao adentrar o arboreto do Instituto Água e Terra, foram implantadas espécies de plantas pioneiras, constituídas por arbustos e árvores de pequeno porte, acabam sombreando o solo, trazendo ainda mais umidade e nutrientes. As espécies que ocupam esse estágio de sucessão toleram alto índice de radiação solar durante seu desenvolvimento, seu crescimento é acelerado, produzem grande quantidade de sementes e sua dispersão ocorre de forma mais intensa e facilitada.
Na área intermediária do arboreto, estão presentes as espécies secundárias – as iniciais e as tardias. As espécies secundárias iniciais apresentam crescimento rápido, com ciclo de vida mais curto e alturas intermediárias. São constituídas de arvoretas a árvores de portes medianos. Já as espécies secundárias tardias apresentam crescimento mais lento e ciclo de vida longo, com árvores de portes maiores. Ocupam estratos maiores da floresta, sombreando os organismos que estão abaixo. Quando jovens, são tolerantes à baixa incidência solar. Ao final do Arboreto, encontram-se as espécies climácicas. São o final dos estágios de sucessão, predominando organismos de crescimento muito lento e ciclo de vida muito longo – vivem por, pelo menos, 100 anos. Ocupam os estratos mais altos da floresta, com caules grossos e copa ampla, sombreando as áreas abaixo. Por isso, germinam e se desenvolvem à sombra. Ao atingir o clímax, a área em regeneração contará com alta fertilidade do solo, microclima bem estabelecido, alta complexidade e variedade de espécies interagindo entre si e com o ambiente.
Assista ao vídeo sobre o projeto.
Atualmente o Instituto Água e Terra conta com 4 arboretos implementados nos viveiros:
Instituto Água e Terra
Diretoria do Patrimônio Natural
Gerência de Restauração Ambiental
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